Project Description
Às vezes, perante os outros, assumimos papéis só porque achamos que mais ninguém os assumirá e pensamos que alguém tem de garantir que tudo acontece da melhor forma possível, da forma que nós consideramos correta.
Fazer o que achamos ser correto pelos outros pode ser uma forma de altruísmo, de generosidade, eventualmente, de amizade, de amor. No entanto, às vezes, neste movimento de fazer o que “é preciso”, o que é “certo” esquecemo-nos de alguns pontos importantes:
-estamos a retirar ao outro a possibilidade de assumir esse papel e de com ele crescer e aprender?
-estamos a impor a nossa forma de olhar para o mundo ao outro?
-estamos a esquecer o nosso autocuidado com uma sobrecarga que não nos pertence?
Nem sempre é fácil apenas assumir os nossos papéis deixando os que parecem não estar a ser ocupados, nem sempre é fácil ter a sensação de que algo pode acontecer se não nos ocuparmos com essa zona que parece não ter quem dela cuide.
Confiar, entregar, deixar ir, podem ser práticas desafiantes e que podem trazer mais qualidade às relações contigo e com os outros. Se não é teu o papel então confia, entrega, deixa ir.