Em breve, as profissões terão nomes que ainda não conhecemos, configurações diferentes e, acredito que um mesmo profissional poderá ser canalizador e também massagista. Esta combinação parece improvável? Sim, a mim também me parece improvável. Parece-me, no entanto, útil e alinhado, com os novos tempos, cultivarmos a aceitação da possibilidade do que agora nos parece improvável.
Os nossos filhos, agora crianças ou adolescentes, terão profissões e assegurarão funções que podem ainda não ter sido criadas e provavelmente estarão para lá da nossa conceptualização.
A imprevisibilidade, é uma grande janela de possibilidades e de oportunidades que se afigura aos olhos de muitos pais como um acréscimo de dificuldade, uma fonte de stress e de sensação de insegurança. Quando pensam na forma de aconselhar os seus filhos e de os orientar na selecção da área académica que, tão precocemente, tem que ser escolhida, muitos pais sentem-se em queda livre, no vazio.
Nunca antes, na história da humanidade existiu uma democratização tão grande da possibilidade de ser feliz. No passado, os mais ricos, os melhores relacionados, os mais bonitos eram, inquestionavelmente, aqueles que teriam maior possibilidade de ter uma vida mais autónoma e de maior sucesso.
Hoje, com o alargar de possibilidades e de imprevisibilidade, temos ao nosso dispor um potencial de felicidade nunca antes experimentado. Tendo em conta o desafio do desemprego e a inexistência de garantia que esta ou aquela orientação profissional garantirão a empregabilidade ou a autonomia financeira, é uma boa altura para ajudarmos os nossos filhos a encontrarem e seguirem o seu propósito, as suas preferências e o caminho que verdadeiramente os realiza.
Muitos pais sentem-se perdidos não só pela imprevisibilidade e pela sensação de insegurança que o mundo em tão acelerada mutação lhes dá e também pela sensação de falta de orientação, de motivação que sentem nos seus filhos.
O melhor caminho para garantir o sucesso dos nossos filhos (onde quer que ele esteja, ou o que quer que sucesso signifique para cada um deles) é o do autoconhecimento, o do desenvolvimento pessoal e o do aumento da consciência sobre si e sobre o mundo.
Neste nosso maravilhoso admirável mundo novo, a incerteza chega como uma janela de possibilidade.
No passado, escolher uma profissão e um caminho académico e/ou profissional que tivesse como resultado ser médico, advogado, economista, serralheiro mecânico, carpinteiro, padeiro ou outra profissão perfeitamente definida era um caminho que assegurava que um jovem poderia ter uma carreira profissional definida à partida. Com, eventualmente, poucos saltos entre empresas esta formatação podia fazer a infelicidade ou a felicidade de um jovem que se via financeiramente assegurado e cuja infelicidade poderia também estar assegurada pelo facto de a escolha ter sido feita em função do que garantiria maior probabilidade de empregabilidade.
Hoje, mais do que encontrar um nome para uma profissão, é necessário perceber quais as características específicas, relacionais, operacionais e funcionais, que contribuem para a felicidade de cada jovem. Percebendo estas características, e activando-as na escolha, podemos afirmar que aumentamos exponencialmente a probabilidade de que um jovem seja feliz.
Se cada jovem percorrer um caminho de autodescoberta, de autoconhecimento, de autoconsciência pode, em cada momento aferir o que o faz sentir feliz e realizado e orientar o seu caminho nessa direcção, sabendo também que, caso não tenha ainda os recursos necessários para que essa realidade aconteça de forma expressiva pode, se assim quiser, desenvolvê-los e activá-los na medida das suas necessidades.
Esta investigação de preferências, de características, de procura de autoconsciência e autoconhecimento pode ser feita em contexto de coaching tendo por base a PNL (Programação Neuro-Linguística) que, nos seus 50 anos de existência, desenvolveu e continua a desenvolver ferramentas que nos permitem de forma bastante alinhada com a actual dinâmica dos jovens adolescentes, conhecer o que os move.
Num mundo de tão grande concorrência, será melhor sucedido quem tiver a capacidade de activar todos os seus recursos para atingir os seus objectivos e, esta ativação poderosa de recursos acontece, quando o que os jovens escolhem está alinhado com as suas preferências concretas e específicas.
Os adolescentes, nesta fase de tão grande ebulição criativa, existencial, experiencial, podem encontrar apaziguamento dentro de si através do ganho de consciência e de conhecimento de si próprios, ao mesmo tempo que reforçam a sua autoestima por se alinharem com quem verdadeiramente são.